quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Viver ou guardar dinheiro?


 Hoje seria aniversário da minha mãe... Dia que sempre comemoramos com muita festa aqui em casa, então claro nada mais normal do que pensar muito nela e morrer de saudades.

Minha mãe era uma pessoa de muita vida! Muita mesmo, daquela que comemorava o fim do mês, pois vai receber logo, que comemorava estar sem $ pois achava que era uma lição de todas as formas: saber lidar com isso, e não dar tanto valor ao dinheiro, comemorava a dieta comendo na churrascaria, a chuva pela plantinha que ia nascer e coisas do tipo... Eu cresci com essa mulher lutadora, que conseguiu da vida uma vida que ela quis e buscou. Era enfermeira, e tirava do dela para quem precisasse, não só o dinheiro, mas a alma, o tempo, o carinho e o amor.

 Minha mãe foi cedo, levada por um câncer desgraçado, mas foi uma das pessoas que conheci nessa vida que mais viveu! E quando a coisa não ficou mais boa ela se foi... Sofreu por pouco tempo e nunca desistiu de lutar por aquilo que ela acreditava. Muito dela encontro vivo hoje em mim, mas o que mais ficou foi a grande vontade de viver e celebrar cada minuto do estar viva!

 Achei esse texto que muito tem a ver com isso tudo, e achei a nossa cara, minha e da Dona Ilda Garrido que aonde quer que esteja agora vai estar celebrando...

"Há determinadas mensagens que, de tão interessantes, não precisam nem sequer de comentários. Como esta, que recebi certa vez. Abre aspas. Li em uma revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico. Aprendi, por exemplo, que se tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, nos últimos quarenta anos, teria economizado 30 mil reais. Se tivesse deixado de comer uma pizza por mês, 12 mil reais. E assim por diante. Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas. Para minha surpresa, descobri que hoje poderia estar milionário. Bastaria não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas das viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei. Principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e descartáveis. Ao concluir os cálculos, percebi que hoje poderia ter quase 500 mil reais na conta bancária. É claro que não tenho esse dinheiro. Mas, se tivesse, sabe o que esse dinheiro me permitiria fazer? Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar em itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que quisesse e tomar cafezinhos à vontade. Por isso, me sinto muito feliz em ser pobre. Gastei meu dinheiro com prazer e por prazer. E recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com uma montanha de dinheiro, mas sem ter vivido a vida."  - Max Gehringer

 Aproveite cada minuto da sua vida... E como já dizia Fernando Pessoa: "Tudo vale à pena se a alma não é pequena."

5 comentários:

  1. Nossa... post lindo!

    Só tenho uma coisinha a acrescentar: Mais dq gastar nosso $$ com coisas supérfluas, precisamos gastar nosso tempo com as pessoas. Tenho sentido tanta falta disso...

    Felicidades, e que Deus mantenha a sua mãe viva aí dentro de vc!

    BJus,

    Ju Ferreira

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  2. Emocionante seu post! Ia escrever hoje sobre o meu avô, pois sonhei com ele, mas deixei pra amanhã.

    Dizem que saudade dá e passa, mas tenho outra opinião: em muitos casos ela permanece quietinha, mas permanece!

    Beijos, Moça

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  3. To lendo um livro do Gustavo Cerbasi, sobre economia, sobre não gastar, sobre economizar os centavos!!!
    E sabe que esse texto traduziu exatamente o que tenho procurado pensar enquanto leio o livro.
    Tento filtrar bem as coisas. Estou aproveitando o livro pra saber lidar melhor com o diheiro. Mas não sigo a risca nem fico bitolada com isso!
    Estava precisando ler um post assim.
    Emocionante o seu!!
    bjao

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  4. Lindo este post,me emocionou.Abraços. Paulo Francsico Zanotta-RS

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  5. Vou te contar...perdi minha mãe da mesma maneira que a sua, com essa doença do cacete. Mas mesmo quando ela estava deixando de viver, ela estava me ensinando... e aprendi com ela até o último instante. Hoje sei que nada é nada, que meus problemas são tão pequenos e ínfimos perto de tudo que vivenciei e sei que é exatamente o que Max disse... Bora viver e ser feliz =)

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